Folha seca
 



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Folha seca

Alexandre Cezar da Silva


Descia tinhosa quase a dançar ao som do samba. Antes da padaria tomava à esquerda, um beco mais adiante e outro até ganhar soberana a casa de Nelson, por lá ficava até o pino da madrugada quando subia apresada, entre os vultos e frequentadores dos bares e sambas de baixo.
Pela manhã estava Rodrigues queixoso a dividir com Nelson uma cerveja e as lástimas da esposa.
- Olhe companheiro, apenas em ti confio, sei que estou sendo traído e ei de fazer justiça!
Roubava a atenção do comparte uma folha seca que o vento soprava manso... Cada vez para mais longe.

 

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